Hoje a frase "Ser ou não ser eis a questão" poderia ter mais duas variações: Ter ou não ter, estar ou não estar.
Digo isso porque vejo tantas pessoas ao meu redor com 30, 40 anos que ainda não se descobriram o que é o seu "ser" e nem o seu "estar" e não consegue por não serem algo ou não estarem em algo "ter" alguma coisa de útil.
Meu pai logo que casou se enfiou em uma dívida para ter sua casa, fez as 3 fases, o ser casado, o estar morando em uma casa de aluguel e teve que comprar uma para sair da situação de pagar por algo que não era dele.
Muita gente com a minha idade ainda não consegue ter nada, fazer nada e ser nada, vivem por viver e vivem reclamando que não tiveram o espaço ou que não se prepararam para estar estabilizando suas vidas, construindo um lar, uma familia.
Alias por falar em familia, muita gente se casa cedo, vive as turras, se separa por besteira, casa com outra pessoa e faz com que o ciclo vicioso se repita.
Falo isso também por mim, fiz uma faculdade que não gostei, trabalho em algo totalmente diferente do que eu planejava mas ao mesmo tempo, meu trabalho me fez ver que tenho prazer em ensinar as pessoas.
Muita gente se contenta só no ter, essas pessoas devem sentir um vazio interior e querem se preencher de presentes e coisas para tentar suprir aquilo que nem elas mesmas são capazes de perceber.
As que mais se preocupam em ser me remete sempre a pessoas que nunca foram absolutamente nada na vida, em casa nunca foram valorizados e estas pessoas precisam ser alguém conhecido ou pelo menos alguém necessário.
Agora o pior de todas é o tipo: eu fui convidado para ir para o rock'n rio mas nem vou... Eu fui para a área vip, eu estou indo para a Europa este final de semana passear, na ultima vez que fui para Buenos Aires eu visitei todos os bares de grife.. Isso me cansa tanto...
E essas pessoas do fui, estou, irei, são aquelas que nunca conseguiram sair da vidinha medilcre que levam e precisam mostrar que eles são viajados para passar e fugir da vidinha podre que levam.
Vou tentar ser mais paciente com os amigos e familiares e com o meu amor, para não ter dor de cabeça e nem ir parar em um hospital qualquer.
O melhor de mim
sábado, 1 de outubro de 2011
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
MELHOR
Hoje posso dizer que estou melhor, a tempestade está se passando lentamente, essa semana tive uma conversa muito séria com meu amigo particular M.A. que me ajudou muito, ele me deu vários toques.
É muito bom ter amigos particulares, com eles a gente nem precisa de psicologos e psiquiatras.
Ontem ouvi absurdos em um programa de TV falando que esses amigos particulares, que eu chamo assim, são denominados por nomes horriveis, que nem me atrevo escrever aqui, mas ele é meu guia, meu mestre e está me ajudando bastante.
Vou postar uma música que me fez chorar muito essa semana mas reflete bem o que eu senti esses dias que se passaram.
http://www.youtube.com/watch?v=xKSHRlSnc4M&feature=player_embedded
É muito bom ter amigos particulares, com eles a gente nem precisa de psicologos e psiquiatras.
Ontem ouvi absurdos em um programa de TV falando que esses amigos particulares, que eu chamo assim, são denominados por nomes horriveis, que nem me atrevo escrever aqui, mas ele é meu guia, meu mestre e está me ajudando bastante.
Vou postar uma música que me fez chorar muito essa semana mas reflete bem o que eu senti esses dias que se passaram.
Dona Cila
Maria Gadú
Composição: Maria Gadú
De todo o amor que eu tenho
Metade foi tu que me deu
Salvando minh`alma da vida
Sorrindo e fazendo o meu eu
Se queres partir ir embora
Me olha da onde estiver
Que eu vou te mostrar que eu to pronta
Me colha madura do pé
Salve, salve essa nega
Que axé ela tem
Te carrego no colo e te dou minha mão
Minha vida depende só do teu encanto
Cila pode ir tranquila
Teu rebanho tá pronto
Teu olho que brilha e não para
Tuas mãos de fazer tudo e até
A vida que chamo de minha
Neguinha, te encontro na fé
Me mostre um caminho agora
Um jeito de estar sem você
O apego não quer ir embora
Diaxo, ele tem que querer
Ó meu pai do céu, limpe tudo aí
Vai chegar a rainha
Precisando dormir
Quando ela chegar
Tu me faça um favor
Dê um banto a ela, que ela me benze aonde eu for
O fardo pesado que levas
Desagua na força que tens
Teu lar é no reino divino
Limpinho cheirando alecrim
http://www.youtube.com/watch?v=xKSHRlSnc4M&feature=player_embedded
domingo, 21 de novembro de 2010
meu coração doi, mas vai melhorar com o tempo...
Esse ano foi um ano bem diferente na minha vida, passei a virada em um lugar mágico, que eu amo, com pessoas queridas.
Já no primeiro dia do ano fiquei febril por ter tomado sol de mais, mal sabia eu que o ano ia ser bem quente, não no clima mas sim na minha vida.
Em fevereiro eu sai da empresa que trabalhava, eu já imaginava tirar um mês de férias e tentar novos ares, doce ilusão...
No dia seguinte que eu fui demitido recebi uma ligação da minha querida tia chamada Izolina, que tinha o apelido de Zola dizendo que estava com muita dor na barriga e que queria minha mãe lá em Conchas.
Essa novela foi até o dia 10 de novembro, o dia que minha tia descansou.
Eu sempre estudei sobre vida após a morte e eu descobri que ainda não sei nada sobre isso.
Eu já tinha perdido pessoas que senti muito, mas nunca a dor tinha sido tão intensa, tão forte, tão sentida.
Ela sofreu muito, é egoismo nosso querer que ela continuasse vivendo com as dores que sentia, foi crueldade o que aconteceu com ela, mas eu to com o coração ferido ainda.
amanhã conto mais como estou me sentindo.
beijos
Já no primeiro dia do ano fiquei febril por ter tomado sol de mais, mal sabia eu que o ano ia ser bem quente, não no clima mas sim na minha vida.
Em fevereiro eu sai da empresa que trabalhava, eu já imaginava tirar um mês de férias e tentar novos ares, doce ilusão...
No dia seguinte que eu fui demitido recebi uma ligação da minha querida tia chamada Izolina, que tinha o apelido de Zola dizendo que estava com muita dor na barriga e que queria minha mãe lá em Conchas.
Essa novela foi até o dia 10 de novembro, o dia que minha tia descansou.
Eu sempre estudei sobre vida após a morte e eu descobri que ainda não sei nada sobre isso.
Eu já tinha perdido pessoas que senti muito, mas nunca a dor tinha sido tão intensa, tão forte, tão sentida.
Ela sofreu muito, é egoismo nosso querer que ela continuasse vivendo com as dores que sentia, foi crueldade o que aconteceu com ela, mas eu to com o coração ferido ainda.
amanhã conto mais como estou me sentindo.
beijos
terça-feira, 5 de outubro de 2010
VIDA
Eu já chorei por coisas que hoje já não fazem o menor sentido e já dei risada de coisas que não tem a menor graça hoje.
Quando a gente é criança temos uma ótica da vida que tudo gira em torno da nossa vida, não temos a visão e a percepção que a vida é um mosaico de várias vidas se juntando.
Lembro que quando eu fiz três anos, exatamente no dia que eu tinha completado três anos de vida eu perdi um vizinho que considerava como se fosse meu tio, ele se chamava Pedro, ele tinha um quartinho que vivia fazendo experiências com coisas velhas e vivia subindo no muro de casa e logo vinha a pergunta:
- Washington quer uma coisinha?
E eu logo que aprendi a falar dizia:
- Quero Pedú!!! (Eu não conseguia dizer Pedro)
Os Pedros sempre rondaram minha vida tenho carinho por todos eles, salvei a vida de um, de outro eu vivo brigando, mas adoro aquele sem vergonha.
Na minha família também teve um Pedro ele era casado com a minha prima, mas infelizmente ele faleceu de acidente de caminhão há uns três anos.
Hoje com quase 33 eu me lembro muito das pessoas que me fizeram ser uma criança feliz.
Uma delas é uma pessoa muito especial, que eu sempre amei, me ensinou a gostar de muita coisa que eu gosto, me ensinou que música é um dos combustíveis essenciais da vida, me ensinou que a vida dos artistas é muito interessante, vivia vendo as revistas que ela lia e comprava.
No interior não tinha disco ou fita original e se tinha era muito caro, então eles compravam fitas piratas, bem antes de vender aqui em SP com aquelas capas coloridas, lá em Conchas a capa das fitas eram xerocadas!!!
Eu estou dedicando meu texto hoje a uma mulher que é uma PEDRA, o feminino de PEDRO, afinal o nome Pedro vem de Pedra, de rocha, de algo que pode se apoiar, rústico, forte, guerreiro e é tudo isso que ela é Pedra preciosa, forte e guerreira, ela é minha tia Izolina,
Nos últimos dias ela não está muito bem, desde o dia 19 de fevereiro ela vem travando uma guerra com uma doença que hoje em pleno 2010 ainda faz com que as pessoas sofram demais.
Ela está com câncer no reto, está lutando muito para sobreviver, mas as infecções estão deixando ela cada dia mais fraca.
Ela sempre foi uma das minhas mães, tive várias nesta vida! Acho que todas que eu tive na outra vida eu resgatei nesta.
Minha mãe Dalva, sempre prestativa, gênio forte, preocupada em deixar todos bem e sendo o alicerce tanto aqui em casa quanto na minha família.
Minha avó materna Lazara que também é minha madrinha de batismo, minha prima Cida que morou aqui em casa até eu completar quatro anos, minha avó postiça Esmeralda, que morou aqui na vila onde eu moro até hoje, e a Zolinha que sempre fui muito ligado a ela.
Gostaria que tudo isso não passasse de um pesadelo e que amanhã pudesse acordar e ter minha família de volta do jeito que era no começo do ano, mas infelizmente a vida não é um filme que podemos voltar sempre ao ponto que queremos.
Deus faça o que for melhor por ela, só te peço uma coisa, não deixa ela sofrer mais do que ela tá sofrendo!
Quando a gente é criança temos uma ótica da vida que tudo gira em torno da nossa vida, não temos a visão e a percepção que a vida é um mosaico de várias vidas se juntando.
Lembro que quando eu fiz três anos, exatamente no dia que eu tinha completado três anos de vida eu perdi um vizinho que considerava como se fosse meu tio, ele se chamava Pedro, ele tinha um quartinho que vivia fazendo experiências com coisas velhas e vivia subindo no muro de casa e logo vinha a pergunta:
- Washington quer uma coisinha?
E eu logo que aprendi a falar dizia:
- Quero Pedú!!! (Eu não conseguia dizer Pedro)
Os Pedros sempre rondaram minha vida tenho carinho por todos eles, salvei a vida de um, de outro eu vivo brigando, mas adoro aquele sem vergonha.
Na minha família também teve um Pedro ele era casado com a minha prima, mas infelizmente ele faleceu de acidente de caminhão há uns três anos.
Hoje com quase 33 eu me lembro muito das pessoas que me fizeram ser uma criança feliz.
Uma delas é uma pessoa muito especial, que eu sempre amei, me ensinou a gostar de muita coisa que eu gosto, me ensinou que música é um dos combustíveis essenciais da vida, me ensinou que a vida dos artistas é muito interessante, vivia vendo as revistas que ela lia e comprava.
No interior não tinha disco ou fita original e se tinha era muito caro, então eles compravam fitas piratas, bem antes de vender aqui em SP com aquelas capas coloridas, lá em Conchas a capa das fitas eram xerocadas!!!
Eu estou dedicando meu texto hoje a uma mulher que é uma PEDRA, o feminino de PEDRO, afinal o nome Pedro vem de Pedra, de rocha, de algo que pode se apoiar, rústico, forte, guerreiro e é tudo isso que ela é Pedra preciosa, forte e guerreira, ela é minha tia Izolina,
Nos últimos dias ela não está muito bem, desde o dia 19 de fevereiro ela vem travando uma guerra com uma doença que hoje em pleno 2010 ainda faz com que as pessoas sofram demais.
Ela está com câncer no reto, está lutando muito para sobreviver, mas as infecções estão deixando ela cada dia mais fraca.
Ela sempre foi uma das minhas mães, tive várias nesta vida! Acho que todas que eu tive na outra vida eu resgatei nesta.
Minha mãe Dalva, sempre prestativa, gênio forte, preocupada em deixar todos bem e sendo o alicerce tanto aqui em casa quanto na minha família.
Minha avó materna Lazara que também é minha madrinha de batismo, minha prima Cida que morou aqui em casa até eu completar quatro anos, minha avó postiça Esmeralda, que morou aqui na vila onde eu moro até hoje, e a Zolinha que sempre fui muito ligado a ela.
Gostaria que tudo isso não passasse de um pesadelo e que amanhã pudesse acordar e ter minha família de volta do jeito que era no começo do ano, mas infelizmente a vida não é um filme que podemos voltar sempre ao ponto que queremos.
Deus faça o que for melhor por ela, só te peço uma coisa, não deixa ela sofrer mais do que ela tá sofrendo!
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Quando escolher o melhor caminho?
Na semana passada estava na Av 23 de Maio, para quem não conhece uma das mais movimentadas e engarrafadas, que une a Praça da Bandeira ao Parque do Ibirapuera, e reparei um carro preto que nunca tinha visto circulando por aqui e dentro um ser que não consegui diagnosticar se era homem ou mulher, ouvindo uma música que quinta categoria que não combinava com os dolares que o carro tinha sido pago.
Eu estava na pista da esquerda e o ser de carro preto na do meio, eu fiquei tentado a mudar de faixa, mas com o carro que me chamou a atenção vi que mesmo que eu mudasse de faixa para tentar ir mais rápido o trânsito não vai mais rápido, É ILUSÃO!
Alguém já reparou que mesmo que uma faixa vai mais rápida ela para e a outra que estava lenta continua, e tanto vc quanto o carro que está ao seu lado no inicio se emparelham de novo?
Faça esse teste.
E quanta gente idiota existe neste mundão de Deus?
Hoje eu estava vindo de São Bernardo um cara vinha chutado na faixa da esquerda, quando ele chegou perto do meu carro que estava na velocidade limite da rodovia começou a dar farol alto, buzinar, fazer que ia passar por cima, como se ele fosse o único que tivesse o direito de trafegar por aquela pista.
Deixei o tonto passar, não demorou muito o transito que estava na chegada de SP pela Anchieta o palhaço estava aonde? Do meu lado, bufando, kkkkk.
E quando os boys aceleram para parar no farol? Eles devem ser sócios de algum posto de gasolina, porque eu percebo que quando acelero demais o alcool some do meu taque.
Eu estava com uma sensação que quando alguém entrava na minha frente sem pedir licença era como se a pessoa tirasse o meu lugar ou roubasse o meu futuro, ainda bem que parei com isso, mas ainda acho uma tremenda falta de educação.
Vou fazer um outro post do que eu acho falta de educação.
Bom é isso por hj, beijunda ...
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Tempo, tempo, tempo
Nossa quanto tempo não posto nada, ando sem tempo, mas to fazendo o que da minha vida para não ter tempo?
hj eu uso o twitter, orkut, facebook, msn, sms, telefone, nextel, celular, carro tudo para agilizar minha vida e ainda ando sem tempo?
na verdade a gente quer abraçar o mundo
e não temos tempo para o principal, parar e ver o tempo passar...
hj eu uso o twitter, orkut, facebook, msn, sms, telefone, nextel, celular, carro tudo para agilizar minha vida e ainda ando sem tempo?
na verdade a gente quer abraçar o mundo
e não temos tempo para o principal, parar e ver o tempo passar...
quinta-feira, 5 de março de 2009
TODOS OS DIAS É UM VAI E VEM, A VIDA SE REPETE NA ESTAÇÃO...
Realmente fazia tempo que eu não chorava dias seguidos,
ou de emoção, ou de tristeza, mas nunca tinha chorado por medo, acho que chorei de medo quando era criança, quando algo me mostrava que era médium e sentia presença de seres menos desenvolvidos do meu lado, resumindo na linguagem popular, os fantasmas.
Ontem eu chorei, de alívio, medo, pavor, tristeza, inconformismo, espanto, fraqueza, e sobre tudo de emoção por estar vivo, passei por uma coisa horrível, ser praticamente sequestrado.
Hoje eu senti outra grande tristeza, a vida sempre foi muito boa comigo, tive 4 avós e 3 avôs, acho que ninguém teve tantos avôs como eu.
Tive meus avôs paternos que não cheguei a conhecer nesse plano, tive um avô por parte de mãe que também não conheci, e tive minha grande vó Lazara, digo grande por ter sido uma heroina, uma guerreira, uma verdadeira brugue, que tenho orgulho de ter sido neto desta grande mulher.
Desde bem pequeno, quase bebê ouço uma lenda que a primeira palavra que eu disse, e eu acho que até lembro, pois foi uma festa foi a palavra vó, para uma visinha da minha mãe, eu achei ela de vó e ela me adotou como neto querido dela.
Perdi minha vó de sangue em 1991, a minha avó adotada em 2001 e hoje perco mais uma vó.
Eu conheci essa minha terceira avó em 2006 no rio, minha vó carioca, vó do celso, meu companheiro de vida.
Ele me apresentou e eu chamei ela de vó por ser parecer muito com a minha vozinha Lazinha,
a cor da pele, a cor do cabelo, o jeitinho de olhar, era como se eu visse minha vozinha de novo ao meu lado, chorei quando encontrei ela a primeira vez, fiquei muito emocionado mesmo.
Ela me deu um presente que nunca vou esquecer, e nunca vou me separar, ela me deu uma almofada de fuxico.
Hoje a Vó Nilza descansou, e foi para os braços do Pai, ela foi se encontrar com seus entes queridos, e eu me despeço dela com um beijo, beijo de alma, obrigado por ter me adotado como neto, um neto que te ama, mesmo tendo te visto poucas vezes, eu te amo.
Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço
Venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero
Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida
ou de emoção, ou de tristeza, mas nunca tinha chorado por medo, acho que chorei de medo quando era criança, quando algo me mostrava que era médium e sentia presença de seres menos desenvolvidos do meu lado, resumindo na linguagem popular, os fantasmas.
Ontem eu chorei, de alívio, medo, pavor, tristeza, inconformismo, espanto, fraqueza, e sobre tudo de emoção por estar vivo, passei por uma coisa horrível, ser praticamente sequestrado.
Hoje eu senti outra grande tristeza, a vida sempre foi muito boa comigo, tive 4 avós e 3 avôs, acho que ninguém teve tantos avôs como eu.
Tive meus avôs paternos que não cheguei a conhecer nesse plano, tive um avô por parte de mãe que também não conheci, e tive minha grande vó Lazara, digo grande por ter sido uma heroina, uma guerreira, uma verdadeira brugue, que tenho orgulho de ter sido neto desta grande mulher.
Desde bem pequeno, quase bebê ouço uma lenda que a primeira palavra que eu disse, e eu acho que até lembro, pois foi uma festa foi a palavra vó, para uma visinha da minha mãe, eu achei ela de vó e ela me adotou como neto querido dela.
Perdi minha vó de sangue em 1991, a minha avó adotada em 2001 e hoje perco mais uma vó.
Eu conheci essa minha terceira avó em 2006 no rio, minha vó carioca, vó do celso, meu companheiro de vida.
Ele me apresentou e eu chamei ela de vó por ser parecer muito com a minha vozinha Lazinha,
a cor da pele, a cor do cabelo, o jeitinho de olhar, era como se eu visse minha vozinha de novo ao meu lado, chorei quando encontrei ela a primeira vez, fiquei muito emocionado mesmo.
Ela me deu um presente que nunca vou esquecer, e nunca vou me separar, ela me deu uma almofada de fuxico.
Hoje a Vó Nilza descansou, e foi para os braços do Pai, ela foi se encontrar com seus entes queridos, e eu me despeço dela com um beijo, beijo de alma, obrigado por ter me adotado como neto, um neto que te ama, mesmo tendo te visto poucas vezes, eu te amo.
Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço
Venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero
Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida
Assinar:
Postagens (Atom)